terça-feira, 28 de junho de 2016

Quero ser criança para sempre. Autobiografia de Júlio Claudionor Fófano Júnior. Em 28 de junho de 2016.
















Quero ser criança para sempre.
Autobiografia de Júlio Claudionor Fófano Júnior.

Minha mãe e meus documentos falam que eu nasci na Casa de Saúde Santa Rosa, no município de Visconde do Rio Branco. Deu em uma terça-feira. Minha mãe fala que eu nasci com 4.250 gramas e medindo 55 centímetros. A hora oficial segunda ela foi 10:25 da manhã. Isto também está relatado nos álbuns de fotografias e álbum do bebê que eu tenho em casa.
Minha primeira lembrança acho que foi em janeiro de 1985, com dois anos e três meses de idade. Isto pois em uma foto de família, eu me vi na frente de um carro de meu avô Edgar, e datava janeiro de 1985, deve ser esta data. Minha família materna sempre ia na praia de Marataízes nos carnavais ou início de ano, disto eu lembro.
Minha primeira lembrança foi na praia. Meu primo Ramon estava de costas para o mar e pergunta para minha mãe:
- Tia Eliene, cadê o mar?
Ela responde:
- Atrás de você.

Eu faço questão de começar minha autobiografia com minha primeira lembrança. Para minhas interpretações de física quântica, suas lembranças e percepções são verdades absolutas; o que as pessoas fizeram, mesmo que com documentos, são verdades relativas e tudo pode ter sido uma montagem ou invenção.
Ao mesmo tempo que eu faço minha autobiografia, vou deixando dúvidas para perguntas. Mas ao mesmo tempo vou colocando as duas, três ou mais possibilidades para todos pensarem que podemos ter várias versões ou dúvidas para cada ou vários fatos. Deixo também conexões, para que todo mundo que ler minha autobiografia fica mais crítico para estudar e fazer qualquer ciência.
Vou dividir minha autobiografia em duas partes: A cronológica e a por itens sociais.
Outra coisa que eu não posso deixar de falar é o porque do título.
Quero ser criança para sempre tem tudo a ver com os últimos 21 anos de minha vida e influências de toda minha infância, ou segunda fase da infância.
De aproximadamente 1990 à 1993, dos meus 7 à 11 anos de idade, eu fui uma criança semi abandonada. Ia para a escola de manhã e ficava à tarde na casa de minha avó materna, certas vezes na casa de minhã mãe com uma empregada doméstica. Meu pai e minha mãe trabalhavam, minha avó materna arrumava casa. Eu ficava na televisão. Quem me educou foram os super heróis japoneses da TV Manchete. Com eles eu aprende as lições de vida, ética, moral e amor ao próximo que vou carregar por toda minha vida.
Um destes super heróis eram os Changeman. No episódio 33, “O fim de Giluke”, a menina Nana emana a áurea energética e fica adulta. Mas antes dela emanar esta áurea energética ela sai correndo e chorando e grita:
- Gostaria de ser criança para sempre. Gostaria de brincar com todos, sempre.
Reparem que eu troquei o verbo “gostar” por “querer”. Mas é questão de literatura.
Dia 02 de janeiro de 1995, outro fator importantíssimo ocorreu na minha vida. Tinha chegado de viagem de Serra e Vitória no Espírito Santo e estava em Espera Feliz na casa de meu avô Pedro e avó Clotildes (avós paternos). Passa o filme “Ghost: Do outro lada da vida” na Rede Globo. Depois que acaba o filme, passa uma propaganda do Festival Charles Chaplin, falando sobre os filmes que iriam passar. Passa a música de Luzes da Ribalda, que para mim é uma música bastante triste. Passa também sobre o filme O Circo. Quando passa sobre O Circo, eu lembro de coisas que eu e minhas primas faziam quando crianças, das brincadeiras, de chamar os frangos ou galinhas de “Cocó”, de exposições passadas.
Por todas estas lembranças, por eu estar com 12 anos e quatro meses de idade, eu ví que eu não era mais criança: Começo a chorar e choro bastante. Deito na cama e continuo a chorar. Lembrando das músicas do filme e das cenas de criança. Não lembro quem dormiu comigo no meu quarto, mas lembro qual foi o quarto.
Quantas pessoas no mundo choram este momento?
Quantas pessoas no mundo comemoram este momento e não gostam de ser mais criança?
Em fim, esta foi para mim um passagem muito marcante. Tenho que dar uma atenção e uma explicação maior para o fato e termo “Ser criança para sempre”. Isto não significa ser imaturo para sempre. Não significa falar brincadeiras bobas, ser dependente, ter corpo pequeno ou pela lisa, ou qualquer outra para “para sempre”.
Ser criança para sempre significa duas coisas:
1) Ser uma pessoa bondosa para sempre.
2) Querer aprender e estudar para sempre.
Todos estes fatores me influenciaram e vão estar em minha vida para sempre. Não somente os super heróis japoneses, mas todo um conjunto de coisas que eu vivi em minha infância. Todo ser humano é influenciado e é a soma de todas as influências que viveu, boas ou más. No decorrer da autobiografia vou explicando mais fatores sobre mim, mas coisas e pessoas importantes eu acabarei esquecendo; peço perdão.
Outro ponto importante foi dia 21 ou 23 de dezembro de 2015, desta vez em Guiricema, na casa de meu pai e minha mãe. Véspera de Natal. Meu avô Pedro e minha avó Clotildes passaram o Natal em nossa casa. Meu avô Pedro morre na madrugada do dia 26 para 27 de dezembro de 2015, sábado para domingo.
No cortejo do velório do meu avô Pedro, lembro que se passaram uma geração em minha vida.
Neste dia 21 ou 22 de dezembro de 2015, passa o filme Luzes da Ribalta na TV Brasil. Critico que fazem 21 anos que não passa Festival Charles Chaplin na Rede Globo e demais emissoras da Grande Mídia! O filme passa até mais ou menos duas da madrugada, após começar 23:30 da noite.
Esta é uma breve introdução de minha autobiografia. Em termos pedagógicos, tenho o sonho de consertar o mundo e fazer todas as pessoas felizes. Uma criança é aquela pessoa que tem bondade e trata bem todo mundo, isto é uma das bases para consertar o mundo. Segundo Aaron Swartz, toda criança tem uma inteligência e uma curiosidade enorme, mas a escola e os adultos absorvem esta inteligência. Para eu (nós) consertar (consertarmos) o mundo, precisamos de inteligência e conhecimento para saber a realidade para corrigir; uma criança quer aprender para sempre.
O próprio Jesus falou no Evangelho de Mateus capítulo 19 e outras passagens. “Deixai vir a mim as criancinhas, não as impessão de vir a mim. Pois delas é o reino dos céus”. Jesus já sabia que para fazer o Planeta Terra um mundo perfeito precisamos da bondade das crianças.
Quando estava escrevendo este resumo, eu quase esqueci algo importante.
Dia 03 de abril de 1994 foi minha primeira eucaristia. Em uma das músicas que o coral cantou estava uma com o refrão: “Só entra no céu, quem for como criança; porque o meu reino, é dos pequeninos. Foi Jesus quem dizes, deixai vir a mim, estes pequeninos”.
Esta música em minha primeira eucaristia em 1994, muito me ajudou a chorar em 02 de janeiro de 1995. Nunca ou dificilmente um fator vem acompanhado e decide sozinho uma coisa ou situação. Não estou criticando ninguém que fez a primeira eucaristia comigo, mas muitas daqueles crianças pré-adolescentes, já tinha maldade de se tornar adultos. Algumas já namoravam, outras apenas tinham a vaidade de serem a primeira da fila para comungar. Mas talvez quase todas tinha vontade de serem ricas e sem preocupação social.
Outro ponto para explicar e defender que eu quero ser criança para sempre é O Pequeno Príncipe. Muitas pessoas só sabem uma frase deste maravilhoso livro, mas talvez a frase mais importante: “Tu se tornas eternamente responsável pelo que cativas”.
Eu falo: Criança tem responsabilidade. Adulto tem maldade.
Uma criança tem responsabilidade e sabe conversar e quer o bem das pessoas. Um adulto só tem ganância e sentimentos de prejudicar os outros. Por isto e muito mais eu sei que estou certo daquilo que eu quero.
Você pode brincar e ter hábitos de criança, mas quando alguém ti perguntar alguma coisa, você tem que responder com toda seriedade. Tem que saber conversar de igual para igual com pessoas de todas as idade e conversar de todos os assuntos.
Rascunho em 16:59. Dia 06 de janeiro de 2016.

Lembro que eu assistia RaTimBum na TVE Brasil ou TV Cultura, sei que era antes do Castelo RaTimBum, pois este só começou em 1994, e minha infância foi até 1993. Tenho este marco em 1993 pois em 1994 eu posso para a quinta série, que era no ginásio Escola Estadual Prefeito Antônio Arruda. Esta mudança de escola é uma coisa significativa para uma mudança de fase da vida.
Lembro que eu assistia aos filmes da seção da tarde no SBT. E até anotava os nomes, um dos filmes que estreou esta seção da tarde foi Trovão Azul. Assistia também ao jornal sensacionalista Aqui Agora. Eram filmes e programas bestas, mas me ajudaram a prestar atenção e ficar fixado no que eu estava assistindo.
O SBT é uma máfia e criminoso. Mas tenho que agradecer a eles terem passado o fim A História Sem Fim 1 e 2. Muito este filme ajudou em minha formação moral e humana.
Tenho as fotos de todos os meus aniversários, dos 1 aos 12 anos de idade. As fotos de demais aniversários tenho que procurar ou não estão guardadas na sequência.
Rascunho em 13:32. Dia 27 de maio de 2016.
Corrigido e aprovado para publicação às 10:03 do dia 28 de junho de 2016.